PT vê Alcolumbre e Motta enfraquecendo Lula e prepara reação política visando 2026

O PT avalia que a derrubada do decreto do IOF foi articulada por Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) para minar o governo Lula. Segundo líderes da sigla, a medida teria como objetivo sufocar o Planalto financeiramente e dificultar a reeleição do presidente em 2026. Nos bastidores, petistas afirmam que a judicialização do caso será inevitável e que o governo está pronto para enfrentar o Congresso no debate público.

Integrantes do partido veem a ação como ofensiva, já que o decreto foi derrubado sem aviso prévio ou justificativa clara dos presidentes das Casas Legislativas. A legenda também rejeita rumores de que Alcolumbre agiu para pressionar Lula a demitir o ministro Alexandre Silveira após disputas por cargos. Interlocutores do Planalto afirmam que, um dia antes da votação, Motta falou com um aliado de Lula, mas não sinalizou que colocaria o decreto em pauta.

O presidente da Câmara teria apenas listado insatisfações, incluindo a campanha do governo que atribui ao Congresso o aumento na conta de luz. Diante da surpresa, líderes petistas afirmam que Lula se irritou com a quebra de acordo e decidiu não mais evitar o confronto com o Legislativo. Nos momentos mais tensos com Arthur Lira, o governo nunca havia sofrido uma derrota sem aviso, o que acirra o clima entre Executivo e Congresso.

Para o PT, o IOF é prerrogativa do Executivo e não pode ser anulado por Projeto de Decreto Legislativo. Aceitar isso seria abrir mão de governar. Caciques do governo dizem que não há diálogo possível enquanto a correlação de forças estiver desequilibrada a favor do Congresso. Políticos com influência no Planalto afirmam que só será possível retomar a articulação se o Legislativo respeitar os limites constitucionais.

Do outro lado, parlamentares ouvidos em meio à especulação política reconhecem que Motta agiu sem diálogo e pode ter precipitado a crise. A última vez que um decreto presidencial foi derrubado integralmente pelo Congresso foi há 37 anos, no governo Collor. Aliados de Lula acreditam que a situação pode ser revertida, mas o desgaste institucional deixará marcas na relação entre os Poderes.

Congressistas temem que o STF interfira mais uma vez, como ocorreu em disputas anteriores, travando emendas e recursos por decisão judicial. A avaliação entre líderes partidários é que uma guerra entre Planalto e Congresso prejudica ambos e fortalece ainda mais o Judiciário no xadrez político.

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