O prefeito de Gongogi, Adriano Mendonça (Avante), foi flagrado ameaçando e ofendendo um vereador na porta da casa dele. O caso ocorreu na quarta-feira (2). Imagens de câmeras de segurança mostram o prefeito chegando à residência do vereador Tércio Santos da Silva, o “Tércio Enfermeiro” (Republicanos), às 16h56. Conforme o vídeo, Adriano estaciona o carro em frente à casa do parlamentar e começa a gritar, proferindo ofensas como “viado do caralho”, “vagabundo” e “filha da puta”.
Testemunhas relataram que o prefeito desafiou o vereador a sair para “ver se ele era homem”. A cena gerou revolta e chamou atenção de vizinhos. A esposa de Tércio, grávida, tentou conter o conflito, mas não conseguiu evitar as ameaças e agressões verbais do gestor municipal. Durante o ataque, Adriano afirmou que iria “pegar o vereador dentro da Câmara”, reforçando o tom de ameaça e intimidação política.
O vereador, que registrou ocorrência nesta quinta-feira (3), declarou estar temeroso. Segundo ele, o prefeito anda armado e tem comportamento imprevisível. De acordo com Tércio, o confronto tem fundo político. Ele alega estar sendo pressionado por não apoiar os deputados aliados de Adriano. “Ele está frustrado porque não cedo a chantagens e sigo minha consciência política. Agora tenta me intimidar com ameaças públicas”, afirmou o parlamentar.
A Polícia Civil deve investigar o caso. O vídeo será anexado à denúncia para apurar possível crime de ameaça e injúria por parte do chefe do Executivo. Até o momento, Adriano Mendonça não foi localizado para comentar o episódio. A Prefeitura de Gongogi também não se manifestou. A cidade, segundo o IBGE, tem 5.549 habitantes. O caso gerou repercussão entre moradores, que cobram respeito, equilíbrio e decoro das autoridades.
Especialistas em direito público alertam que ameaçar um parlamentar pode configurar quebra de decoro e improbidade administrativa, além de crime comum. Para analistas políticos, o episódio mostra um sinal perigoso de intolerância e autoritarismo. “Se essa moda pega, gestor que não aguenta crítica vira ameaça à democracia”, comentou um cientista político local.