Wagner vê saída de PP e União Brasil do governo Lula como inevitável: “não tenho confiança”

O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, disse que já conta com a saída de PP e União Brasil do governo Lula antes das eleições de 2026. Durante entrevista a um podcast nesta quinta-feira (3), Wagner afirmou que não tem confiança na permanência dos dois partidos na base aliada do Planalto.

Segundo ele, as siglas entraram no governo apenas por necessidade de Lula montar maioria no Congresso, mas não devem apoiá-lo na reeleição. Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, já havia dito ao UOL que o desembarque da legenda deve ocorrer em agosto, antes da corrida eleitoral.

Atualmente, o PP comanda o Ministério do Esporte, com André Fufuca. A União Brasil ocupa os ministérios do Turismo, Comunicações e Integração Nacional. Essas pastas são controladas por indicações de líderes como o senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e outros caciques do Centrão.

Wagner afirmou que, apesar da possível debandada, Lula não contou com esses partidos na campanha de 2022 e venceu mesmo assim. De acordo com o senador, o MDB teve Simone Tebet como candidata própria, e a União Brasil lançou Soraya Thronicke à presidência. Ele destacou que a coligação de Lula já foi reduzida no passado e pode voltar a ser enxuta, sem que isso afete a governabilidade no curto prazo.

Questionado sobre o futuro, Wagner reconheceu que o desgaste do governo e da economia tornam incerta a candidatura de Lula à reeleição em 2026. Mesmo assim, garantiu que seguirá trabalhando para manter os aliados na base até o limite, mas sem ilusões quanto à fidelidade de todos.

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