
Embora afirme publicamente que buscará a reeleição em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) dá sinais claros de que mira o Palácio do Planalto em 2026. Nos bastidores, aliados e líderes partidários já falam em sua candidatura como o nome mais viável do campo bolsonarista para enfrentar a polarização nacional.
Durante painel promovido pelo ministro Gilmar Mendes, o ex-ministro Raul Jungmann o classificou como um “presidenciável inequívoco”, e Tarcísio apenas sorriu. Em seu discurso, o governador abordou temas de peso nacional, como diplomacia, segurança nas fronteiras e controle da inflação, sem fugir do debate.
Na Paulista, ao lado de Jair Bolsonaro, ele fez críticas pontuais ao governo Lula, a primeira manifestação direta desde que assumiu o Executivo paulista. Discreto, técnico, considerado ético e coerente, Tarcísio tem agradado a políticos de centro e direita que buscam um nome equilibrado e viável.
Enquanto isso, Lula enfrenta queda de popularidade, com dificuldades de articulação e um governo que parece travado em meio a crises e promessas não cumpridas. Diferente do petista, que evita o contato com o povo e prefere viagens caras ao exterior, Tarcísio mostra firmeza, foco e responsabilidade na gestão.
Pesquisas reforçam o cenário. Segundo a Quaest, o governador aparece com 40% das intenções de voto em um possível segundo turno contra Lula, que tem 41%. Já no Datafolha, Tarcísio pontua 43% contra 42% de Lula, um empate técnico, mas com vantagem numérica, o que anima seus aliados para uma candidatura em 2026.
Por trás das cortinas, o PL, União Brasil, PP, PSD e até o MDB costuram uma aliança robusta em torno do nome de Tarcísio, vista como a grande aposta da direita moderada. Com trânsito político e boa avaliação de gestão, o governador de São Paulo caminha com cautela, mas com convicção, rumo ao cenário nacional.