A criação de 40 novos cargos comissionados pela Câmara de Guanambi revoltou moradores que cobram prioridades como saúde, educação e infraestrutura. Publicada no Diário Oficial do Município no dia 7 de julho, a Lei nº 1.742 foi assinada pelo presidente da Casa, Fausto Azevedo, no último dia 3.
Os salários dos novos apadrinhados variam de R$ 1.867 a mais de R$ 7 mil, em uma estrutura que incha a folha e ignora a crise econômica do município. Entre os cargos, estão “Assessor Especial da Presidência” e “Secretário Geral da Câmara”, ambos com vencimentos de R$ 7.010,96 mensais.
Apesar de legal, a medida é considerada imoral por moradores que enfrentam ruas esburacadas, escolas com falta de estrutura e postos de saúde precários. Enquanto a cidade luta para manter serviços básicos funcionando, a Câmara decide gastar com cargos que, na prática, servem para agradar aliados políticos.
Moradores acusam Fausto Azevedo de transformar a Casa Legislativa em cabide de empregos e ignorar o clamor popular por austeridade e respeito ao dinheiro público. Críticas também apontam que os gabinetes agora abrigarão “chefes de gabinete” e “assessores de relações institucionais” sem qualquer justificativa funcional clara.
Indignação cresce nas redes sociais, onde cidadãos chamam os novos cargos de “funções fantasmas” e afirmam que a Câmara serve hoje como abrigo de bajuladores. Até o momento, Fausto Azevedo se mantém em silêncio, repetindo a postura de fugir do debate público e ignorar a transparência exigida pela população.
No lugar de cortar gastos, a Câmara inventa despesas. Em vez de enxugar a máquina, empurra mais peso sobre os ombros do contribuinte. Com essa decisão, a presidência da Casa ignora o momento de aperto financeiro vivido por milhares de famílias e escolhe investir em apadrinhamento político.