
Alexandre de Moraes defendeu que o Superior Tribunal Federal (STF) reagisse com rapidez aos ataques de Donald Trump, que pediu o fim do processo contra Bolsonaro. Outros ministros preferiram que a resposta ficasse a cargo do presidente Lula e do Itamaraty, para evitar escalar a crise diplomática com os Estados Unidos da América (EUA). Trump acusou o Brasil de perseguir Bolsonaro e anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o que ampliou o impacto político e econômico.
Apesar da pressão, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, concordou com Lula em deixar a resposta oficial com o Executivo. Gilmar Mendes foi o primeiro ministro a se manifestar, dois dias após a carta de Trump, chamando o 8 de janeiro de “tentativa descarada de golpe”. Barroso reagiu dias depois, com uma nota pública: defendeu o Judiciário, rebateu Trump e alertou para os riscos de ataques à democracia.
O ministro reforçou que o Brasil tem liberdade de imprensa, justiça com base em provas e um STF independente que julga com equilíbrio e legalidade. Para Barroso, preservar um tribunal atuante é essencial para evitar o colapso institucional, como já ocorreu em países da América Latina e do Leste Europeu.