A Bahia registrou o pior desempenho do Brasil em alfabetização infantil, segundo dados do Ministério da Educação (MEC) divulgados nesta sexta-feira (11). Apenas 36% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental conseguem ler e escrever textos simples, índice bem abaixo da média nacional de 59,2%. Conforme o levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), a meta do governo federal era atingir 60% de crianças alfabetizadas até os 7 anos em 2024.
Enquanto 11 estados alcançaram o objetivo, como Ceará, Goiás e Minas Gerais. A Bahia segue na lanterna, sem justificativas plausíveis. Governada há 20 anos pelo PT, a Bahia coleciona fracassos não apenas na educação, mas também na segurança pública e na infraestrutura social. Apesar de promessas de inclusão e investimentos, o estado mostra-se incapaz de garantir o básico: o direito de uma criança aprender a ler.
O baixo índice baiano revela uma crise gerada por má gestão e abandono das políticas públicas. Com escolas precarizadas, professores desmotivados e ausência de acompanhamento pedagógico eficaz, o sistema educacional desmorona. Autoridades federais afirmam que estados com baixos índices receberão atenção especial, mas a solução depende de vontade política estadual. Diferente de estados que reformaram seus métodos e avançaram com foco na alfabetização, a Bahia estagnou em práticas ineficientes.
Enquanto a meta nacional é alfabetizar 80% das crianças até 2030, o atual cenário baiano torna esse objetivo distante e quase inalcançável. O dado é alarmante: mais da metade das crianças baianas termina o 2º ano sem ler uma frase simples, uma sentença silenciosa de exclusão. Se nada for feito com urgência, a Bahia seguirá condenando gerações ao fracasso escolar, à desigualdade e à perpetuação da pobreza.