
Presbítero da Assembleia de Deus e fundador do Foto Teixeira, ele registrou gerações e construiu, com sua lente, a memória visual da cidade. Natural de Itaberaba, Agenor Francisco Teixeira chegou a Brumado em 1965. Viu a cidade crescer do chão de terra batida ao asfalto, sempre com a câmera na mão. Trabalhou na Leste, na Magnesita e como pedreiro. Anos depois, foi para Belo Horizonte. Mas o amor por Brumado e por Idalice, sua esposa, o trouxe de volta.
Em 1980, iniciou sua jornada na fotografia. Fundou o Foto Teixeira e passou a registrar batizados, casamentos, formaturas e momentos únicos da comunidade. Durante as décadas de 1980 e 1990, quase toda família brumadense teve ao menos uma foto feita por ele. Sua assinatura virou símbolo de memória e afeto. Mais do que um fotógrafo, Agenor foi um cronista visual. Contou a história de Brumado em imagens. Transformou cenas simples em retratos de época.
Com fé inabalável, também atuou como presbítero na Assembleia de Deus, Templo Sede. Levou a mesma dedicação ao altar que levava ao estúdio. Em 1998, passou o legado ao filho, Antônio Gomes Teixeira. Em 2013, o neto Jeude reabriu o estúdio, agora como Estúdio Teixeira. A tradição familiar, mais viva do que nunca. A presença de Agenor era serena e acolhedora. Sempre sorridente, sempre disposto. Era o tipo de pessoa que transformava encontros em memórias. Nesta quinta (17), ele faleceu aos 82 anos. Deixa filhos, netos, amigos e uma cidade inteira grata por tudo o que viu e viveu através de suas lentes.
O velório acontece na Assembleia de Deus – Templo Sede, na Av. Dr. Antônio Mourão Guimarães. O culto fúnebre ocorrerá às 7h de sexta-feira (18).
Brumado se despede de Agenor com o mesmo carinho com que ele eternizou tantos sorrisos. Sua história agora faz parte da eternidade da cidade.“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.“ (2 Timóteo 4:7)