Decisões contra Bolsonaro escancaram racha no STF e expõem tensão política na Câmara

A manutenção de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro revelou divisões internas na Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF) e aprofundou a crise institucional. Com placar de 4 a 1, os ministros decidiram manter tornozeleira eletrônica e restrições ao ex-presidente, em julgamento marcado por embates jurídicos.

Divergente, o ministro Luiz Fux votou contra as medidas e apontou falta de provas concretas, além de criticar a desproporcionalidade da decisão. Segundo Fux, a imposição de restrições fere direitos fundamentais, como liberdade de locomoção e expressão, e carece de sustentação jurídica sólida.

Enquanto isso, Alexandre de Moraes segue impondo medidas duras, com apoio quase unânime na Turma, o que tem gerado críticas sobre parcialidade. Embora já tenha votado a favor de denúncias contra Bolsonaro, Fux tem se mostrado voz dissonante, defendendo limites à atuação do Supremo.

Internamente, advogados de investigados veem Fux como possível voto favorável em recursos, ainda que minoritário nas decisões da Corte. Na Câmara, o clima também é de divisão. Aliados de Bolsonaro pressionam, mas o presidente em exercício, Hugo Motta, blindou o Congresso no recesso.

Comissões foram travadas, e as articulações pró-Bolsonaro esbarraram em resistência dentro da própria base do Legislativo. Silencioso, o ex-presidente manteve comportamento discreto nesta terça-feira (22), em meio ao risco de prisão e a novos avanços judiciais. Após permanecer na sede do PL, Bolsonaro retornou para casa sem fazer declarações públicas, apostando na cautela diante do avanço da “República de Moraes”.

Sobre mim

Somos um portal de notícias dedicado a informar com precisão e imparcialidade. Nosso compromisso é trazer as últimas atualizações e análises aprofundadas sobre os temas que mais importam para você. Acompanhe-nos para se manter sempre bem informado!

© 2011 – 2025. Created by Rafael Áquila