A Bahia ultrapassou a marca de 80 tremores de terra registrados somente entre janeiro e julho de 2025, segundo dados do Laboratório Sismológico (Labsis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Apesar do número expressivo, houve uma leve queda em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 97 abalos sísmicos no estado.
Conforme o levantamento, a redução representa 11,34%. Ainda assim, a frequência dos tremores segue chamando atenção de pesquisadores e autoridades. Entre os municípios mais afetados, Jacobina e Jaguarari lideram a lista. Os dados individuais por cidade, no entanto, não foram divulgados.
Em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador, dois tremores foram registrados em menos de 38 horas. Os abalos ocorreram nos dias 20 e 22 de julho. Localizada em área de monitoramento constante, Vera Cruz viveu os episódios mais recentes da atividade sísmica detectada neste segundo semestre.
Além da Bahia, o estado do Ceará também concentra o maior número de sismógrafos do Nordeste, usados para o monitoramento contínuo do solo. Atualmente, a Bahia conta com oito estações sismográficas ativas. Elas estão instaladas em Jaguarari, Jacobina, Amargosa, Cachoeira, Itapé, Lapão e Ponto Novo.
Com o uso desses equipamentos, os tremores conseguem ser detectados mesmo quando não são percebidos pela população local. Segundo especialistas do Labsis, o solo baiano apresenta falhas geológicas antigas que, mesmo sem risco elevado, geram movimentações periódicas. A UFRN segue monitorando os eventos e alerta que novos tremores podem ocorrer. A recomendação é manter a atenção e reportar qualquer ocorrência.