
Ações coordenadas das forças de segurança pública da Bahia resultaram na apreensão de quase 11 toneladas de drogas entre janeiro e junho deste ano. Essas operações também erradicaram cerca de 800 mil pés de maconha em diversas regiões do estado, segundo dados divulgados nesta semana.
O volume apreendido reflete o avanço do trabalho conjunto entre órgãos estaduais e federais, com uso crescente de inteligência e tecnologia. Um dos principais destaques ocorreu em junho, na cidade de Poções, no sudoeste baiano, durante operação integrada da FICCO Bahia e São Paulo.
Equipes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da CIPE Sudoeste participaram da ação que interceptou um caminhão com 4,9 toneladas de maconha. Segundo o delegado da PF Eduardo Badaró, a carga foi localizada no assoalho do veículo após monitoramento baseado em dados de São Paulo.
A operação teve desdobramentos em outros estados. Cinco pessoas envolvidas com o envio da droga para a Bahia foram presas em São Paulo. Em Salvador, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) apreendeu grande quantidade de lança-perfume no bairro do Nordeste de Amaralina, área considerada crítica.
Vitória da Conquista também registrou uma das maiores apreensões. A 78ª CIPM localizou 377 tabletes de maconha prontos para o consumo. Já em Feira de Santana, a Polícia Civil da Bahia e a PRF apreenderam mais 132 quilos da droga durante ação conjunta em rodovia federal. As operações fazem parte de uma estratégia de combate direto ao tráfico, aliando trabalho de campo e análise de dados estratégicos.
Autoridades afirmam que o entrosamento entre as corporações tem sido fundamental para os resultados expressivos do primeiro semestre. O delegado Badaró destacou que a atuação integrada amplia a capacidade de resposta e enfraquece o crime organizado no estado. Investimentos em tecnologia e o uso de cruzamento de informações têm possibilitado ações mais rápidas e cirúrgicas em pontos críticos.
Além das apreensões, o número de prisões ligadas ao tráfico também aumentou, embora os dados consolidados ainda não tenham sido divulgados. Especialistas em segurança apontam que o modelo de cooperação entre forças estaduais e federais deve ser ampliado nos próximos meses. A expectativa é que o segundo semestre mantenha o ritmo de ações, com foco especial nas rotas de distribuição e nas áreas de plantio ilegal.
Enquanto isso, os órgãos reforçam o monitoramento por drones, escutas autorizadas e mapeamento de territórios dominados por facções. O governo da Bahia considera os dados positivos, mas reconhece que o desafio do tráfico exige ação contínua, firme e interligada.