Uma funcionária da Câmara Municipal de Matinhos, no litoral do Paraná, denunciou a descoberta de uma câmera escondida no banheiro feminino. O equipamento estava disfarçado dentro de um interruptor, localizado no setor administrativo do órgão legislativo, em prédio anexo ao plenário. A denúncia gerou indignação e levantou sérias suspeitas de violação de privacidade dentro do espaço público, onde transitam servidoras diariamente.
Após o relato, o presidente da Câmara, vereador Jair Pescador (PL), acionou imediatamente as autoridades para apurar o caso. Equipes da Polícia Científica e do Instituto de Identificação compareceram ao local para realizar a perícia técnica e recolher o equipamento. Segundo a presidência da Casa, o setor onde a câmera foi encontrada é utilizado exclusivamente por funcionárias e não possui vigilância interna.
Peritos removeram o dispositivo e abriram um inquérito policial. A investigação tramita sob sigilo e ainda não há suspeitos identificados. Até o momento, o responsável pela instalação do equipamento espião segue desconhecido, e o caso continua sob apuração da Polícia Civil. A Câmara informou que está colaborando com as investigações e promete rigor na punição, caso o autor seja identificado entre os servidores.
Internamente, o clima é de tensão e revolta. Servidoras cobram transparência e reforço na segurança dos espaços de uso exclusivo feminino. Autoridades municipais também acompanham o caso com preocupação, já que o episódio envolve possível crime contra a dignidade das mulheres. Organizações de direitos humanos e movimentos feministas do litoral do estado repudiaram o ocorrido e pedem investigação célere e punição exemplar.
Embora o caso esteja em estágio inicial, a denúncia levanta um alerta sobre a segurança de mulheres em ambientes institucionais. Assédios, invasões de privacidade e crimes digitais têm se tornado cada vez mais frequentes, mesmo em ambientes considerados formais. Na Câmara de Matinhos, a expectativa é de que os desdobramentos revelem a autoria e levem à responsabilização criminal do envolvido.