Prisão de Bolsonaro pode afetar acordo Brasil-EUA, avalia analista

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) deve gerar impactos políticos e econômicos, inclusive nas negociações comerciais com os EUA. De acordo com o analista Alison Correia, do mercado financeiro, o setor já previa esse desfecho e não foi surpreendido pela decisão do STF.

Correia acredita que a direita deve buscar um novo nome para 2026. Tarcísio de Freitas surge como favorito a ocupar o espaço deixado por Bolsonaro. Segundo ele, o mercado começa a reagir ao reposicionamento político. A movimentação conservadora busca estabilidade para as próximas eleições.

No entanto, o ponto mais sensível, segundo o analista, está nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A tensão aumentou após críticas públicas de Washington à atuação do ministro Alexandre de Moraes por supostas violações de direitos humanos.

Enquanto isso, o ministro Fernando Haddad tenta negociar exceções à tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros. A nova tarifa entra em vigor nesta quarta (6), mas a prisão de Bolsonaro pode comprometer o diálogo entre os dois governos.

Ainda segundo Correia, a recente reaproximação entre Lula e Trump perdeu força com a prisão e o retorno de figuras como José Dirceu ao PT. Veículos como Wall Street Journal e Washington Post apontam agravamento da crise entre os países após a decisão do STF.

Antes da tensão crescer, os EUA haviam adiado o início da tarifa e poupado mais de 600 produtos da taxação, indicando abertura ao diálogo. Agora, o cenário muda. A crise política interna pode interferir na política externa e travar avanços nas tratativas bilaterais.

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