
Nesta terça-feira (5), o PT acionou o Superior Tribunal Federal (STF) pedindo o bloqueio das redes sociais do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). A medida levanta preocupações sobre censura e restrição ao direito de expressão. O deputado Rogério Correia (PT-MG) acusa Nikolas de incitação ao crime e obstrução da Justiça. No entanto, críticos veem a ação como um esforço para silenciar vozes opositoras e restringir debates políticos legítimos.
Durante manifestação na Avenida Paulista no último sábado (3), Nikolas criticou o ministro Alexandre de Moraes e o STF, exercendo seu direito constitucional de livre manifestação. A exibição de vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo sob medidas cautelares, é usada pelo PT como argumento para justificar o bloqueio. Porém, essa interpretação é considerada por muitos como exagerada e política.
Declarações de Nikolas, como “Alexandre de Moraes vai pagar pelo que está fazendo”, são entendidas por especialistas como expressões políticas e críticas, não ameaças reais. A solicitação para que plataformas digitais suspendam os perfis do deputado amplia o debate sobre o papel das redes na democracia e os riscos de censura digital.
Repetidas investidas do PT no Judiciário evidenciam um padrão autoritário para controlar narrativas e enfraquecer adversários políticos. A liberdade de expressão é pilar da democracia e deve ser protegida, inclusive para opiniões divergentes e críticas ao poder. Silenciar parlamentares eleitos pode abrir precedentes perigosos e enfraquecer o pluralismo político essencial para a sociedade. Defensores da democracia alertam que o cerceamento da fala pública representa um retrocesso e ameaça a convivência democrática.