
A atividade mineral baiana registrou alta de 31% no primeiro semestre de 2025 e alcançou R$ 6,7 bilhões em produção comercializada. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), esse é o maior resultado dos últimos três anos no setor mineral do estado. Em 2024, a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) havia somado R$ 5,1 bilhões no mesmo período. Em 2023, o total foi de R$ 5,25 bilhões.
Parte do crescimento está relacionada ao aumento das exportações, que totalizaram US$ 754,48 milhões entre janeiro e junho deste ano. Ouro liderou os embarques, com US$ 444,81 milhões movimentados, representando alta de 36% em relação a 2024 e de 56% comparado a 2023. Também se destacaram os envios internacionais de níquel (US$ 101,15 mi), cobre (US$ 109,80 mi), magnesita (US$ 33,44 mi) e vanádio (US$ 25,87 mi).
Além do avanço na produção e exportação, o setor mineral impulsionou a geração de empregos com carteira assinada na Bahia. Dados do CAGED mostram que, em maio de 2025, a mineração baiana empregava 16.191 trabalhadores em atividades de extração e apoio.
O número é superior aos 15.592 empregos registrados no mesmo mês de 2024 e aos 14.790 postos contabilizados em maio de 2023. A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) também apresentou crescimento no período. Somente em junho, a Bahia arrecadou R$ 18,5 milhões em CFEM, valor que é distribuído entre União, estado e municípios.
Desse total, 10% foram destinados à União (R$ 1,85 milhão), 15% ao estado (R$ 2,78 milhões) e 15% aos municípios impactados. A maior parte, 60% dos recursos (R$ 11,1 milhões), foi repassada diretamente aos municípios produtores de minério. Esse desempenho positivo reforça o papel estratégico da mineração na economia baiana, com impacto direto em geração de renda e tributos.
Autoridades do setor destacam que o bom momento é resultado de investimentos, aumento da demanda e modernização da produção. A Bahia segue como um dos principais polos minerais do país, com forte presença na produção de ouro, níquel, cobre e minerais industriais. O governo estadual afirma que continuará incentivando o setor, com foco em sustentabilidade, fiscalização e atração de novos projetos.