
Após dias de caminhada e devoção, romeiros que retornam de Bom Jesus da Lapa fazem tradicional parada em Caetité, no sudoeste da Bahia. O município se transforma em ponto de acolhimento e fé, recebendo centenas de peregrinos com comida, carinho e hospitalidade.
Logo ao chegar, muitos romeiros seguem direto para a Catedral de Senhora Sant’Ana, um dos marcos religiosos mais simbólicos da cidade. Na igreja, orações de gratidão e pedidos de proteção marcam um momento de fé silenciosa, emoção e renovação espiritual. Depois da visita, é hora de repor as energias. Moradores e comerciantes oferecem refeições simples, mas cheias de afeto e tradição.
Quentinhas, bolinhos fritos, pão com manteiga e café forte são distribuídos como gestos de acolhimento e solidariedade sertaneja. Além da comida, os romeiros encontram em Caetité um lugar de pausa para o corpo e a alma, longe do ritmo exaustivo da caminhada.
No centro da cidade, as lojinhas de lembranças ficam movimentadas. Terços, chaveiros e imagens religiosas ganham destaque nas bancas. Cada item comprado carrega um simbolismo: são presentes para familiares e recordações da jornada marcada por fé e resistência. A cidade vive um clima especial.
Entre conversas, cantos e sorrisos, Caetité vira ponto de encontro de histórias vindas de todo canto. Peregrinos de várias idades compartilham experiências e fortalecem os laços de uma religiosidade popular viva e pulsante. A romaria, mais do que um percurso físico, representa um rito coletivo de fé, sacrifício, identidade e pertencimento ao sertão.
Autoridades e moradores reconhecem a importância cultural e religiosa do momento e organizam estruturas para melhor receber os fiéis. Com a acolhida de Caetité, os romeiros seguem viagem mais fortalecidos, levando consigo bênçãos, memórias e o calor humano da terra baiana.