Presidente Lula desistiu de buscar apoio dos evangélicos, diante do aumento da rejeição e preocupação de aliados sobre eleições de 2026. Aliados próximos confirmam que Lula desistiu da aproximação com o segmento, historicamente mais alinhado ao bolsonarismo, e que tem crescido em rejeição ao governo. Pesquisa DataFolha mostra que a avaliação negativa dos evangélicos contra Lula subiu de 50% para 55% entre junho e julho, reforçando a decisão do presidente.
Em seu terceiro mandato, Lula demonstra menor disposição política do que em gestões anteriores, aos 79 anos, e evita menções religiosas em discursos recentes. A única conexão entre o Planalto e os evangélicos hoje é o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, que enfrenta dificuldades para melhorar a imagem do presidente.
Aliados relatam que Lula “cansou” da tentativa, evidenciado pela ausência de referências religiosas nas últimas aparições públicas. Apesar da desistência do presidente, o PT mantém esforços para conquistar evangélicos, por meio de iniciativas como o curso “Fé e Democracia para Evangélicos”, promovido pela Fundação Perseu Abramo.
Senador Carlos Viana, do Podemos-MG, ofereceu ajuda para promover encontro entre Lula e igrejas batistas, mas o presidente revelou receio de ser vaiado. A exclusão do voto evangélico preocupa o Palácio do Planalto, pois esse segmento deve ter papel decisivo nas eleições presidenciais de 2026. Lula mantém foco em outros públicos, mas a perda do apoio evangélico pode aumentar desafios para sua base política nos próximos anos.