Violência política volta a manchar Colômbia com assassinato de favorito à Presidência, expõe falhas na segurança e tensão política

O senador e pré-candidato à Presidência Miguel Uribe Turbay morreu nesta segunda-feira (11), aos 39 anos. Ele estava internado desde 7 de junho, quando foi baleado durante um comício. O ataque ocorreu em plena luz do dia. Uribe levou três tiros, dois na cabeça e um no joelho enquanto discursava para apoiadores. A cena, gravada por celulares, viralizou e aumentou a pressão sobre o governo.

Médicos da Fundación Santa Fe, em Bogotá, relataram que o quadro vinha melhorando. Uma hemorragia interna, porém, levou à morte. O caso reacende o debate sobre a violência política. Críticos de Gustavo Petro acusam o governo de negligência. Alegam que a proteção a opositores é insuficiente e seletiva. A morte de Uribe, um dos favoritos para 2026, muda o tabuleiro eleitoral.

A trajetória do senador carregava simbolismo. Neto do ex-presidente Julio Turbay e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada pelo cartel de Medellín, ele era visto como herdeiro de uma tradição política combativa. Para aliados, o crime é um golpe contra a democracia. Para adversários, a tragédia será usada como bandeira para atacar o governo e conquistar votos no vácuo da comoção.

A Colômbia revive o fantasma dos anos 80 e 90, quando cartéis, guerrilhas e grupos armados ditavam as regras do jogo político. O país parece não ter aprendido a proteger suas lideranças. Uribe deixa a esposa, María Claudia Tarazona, e um filho pequeno. A família exige que o crime não termine na longa lista de assassinatos políticos sem culpados.

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