Deputado federal Capitão Alden (PL-BA) reagiu à declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a anistia do 8 de janeiro. Durante entrevista à Globonews, Motta disse não haver clima para “anistiar quem planejou matar pessoas”. A fala provocou reação imediata na oposição.
Alden acusou a esquerda de esquecer que líderes da extrema esquerda foram anistiados no passado, mesmo após crimes como sequestros e homicídios políticos. Entre os nomes citados, estão José Genoíno, ligado à Guerrilha do Araguaia, e Luís Carlos Prestes, condenado por assassinato e anistiado em 1945 por Getúlio Vargas.
Na visão do parlamentar, hoje há brasileiros presos apenas por protestar, gravar vídeos ou postar opiniões, sem julgamento justo ou com prisões preventivas sem prazo. Ele defendeu que a anistia está prevista na Constituição e serve para pacificar o país, não para promover impunidade ou perseguição política.
Segundo Alden, o 8 de janeiro foi uma manifestação que terminou em vandalismo, mas não justifica transformar milhares de pessoas em “inimigos do Estado”. O tema voltou ao debate após a pressão de parlamentares bolsonaristas por uma anistia ampla aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 2023.