André Mendonça, ministro do Superior Tribunal Federal (STF) e evangélico, reagiu à inclusão do pastor Silas Malafaia em inquérito da Polícia Federal. Bancada evangélica no Congresso, uma das mais influentes do país, pode se mobilizar diante da investigação de Malafaia. Conforme relatos, Mendonça contatou Hugo Motta (Republicanos-PB) e o ministro decano da corte Gilmar Mendes ainda na noite de quinta-feira (14).
Defendeu que liberdade de expressão e religiosa não podem ser criminalizadas e alertou sobre reação de líderes evangélicos. Evangelismo no Brasil tem forte presença política e social, com influência em eleições, pautas e decisões legislativas. Fato ganhou repercussão após reportagem do jornal O Globo, confirmada por fontes da coluna, destacando mobilização do STF.
Grupo de investigados inclui Eduardo Bolsonaro, ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, ligado aos EUA. Horas após a notícia, Mendonça buscou resguardar Malafaia e sinalizou preocupação com polarização e mobilização evangélica. Investigações são relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes, mas Mendonça não pretende contatá-lo diretamente.
Justamente por divergências políticas e institucionais, Mendonça mantém distância de Moraes, apesar de ambos serem colegas no STF. Combinação de fatores religiosos e políticos mostra a relevância do setor evangélico em pautas de poder e debates judiciais. Líderes evangélicos atuam como articuladores de mobilizações sociais e políticas, reforçando a pressão sobre autoridades públicas.
Mobilização da população evangélica pode influenciar decisões no Congresso e ampliar o debate sobre liberdade religiosa. Não há sinais de que Mendonça vá interceder diretamente no mérito do inquérito, mas atua para proteger a imagem de Malafaia. O Supremo acompanha de perto, enquanto aliados de Mendonça destacam impacto potencial entre eleitores e líderes religiosos.