
Inovação nasceu da ideia da estudante Camille Santana, do Colégio Estadual da Bahia (Central), de unir resíduos de coco e papel em material sustentável. Resíduos sólidos contribuem com até 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, segundo a Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA).
Projeto foi orientado pelas professoras Fernanda Pereira e Valéria Danielly, que ajudaram Camille a transformar o consumo de coco verde em solução ambiental. E-Papel é o nome do material desenvolvido, pensado para o setor hoteleiro e inspirado na economia circular e na cultura oceânica, que protege os mares.
Aplicação inclui placas de “não perturbe”, sinalizações de serviços, registros de visitas e indicadores utilizados em hotéis de forma sustentável. Qualidade do papel foi testada pela estudante. Segundo ela, o material imprime bem, tem boa resistência, gramatura adequada e funciona em tamanho A4.
Custo da produção é baixo e o projeto oferece alternativa ambientalmente responsável ao consumo de papel industrial, contribuindo para redução de resíduos. Formação de jovens conscientes é o foco para a professora Fernanda Pereira. Ela destaca que a experiência vai além da técnica e promove reflexão sobre sustentabilidade.
Multiplicadores da economia circular podem surgir a partir do projeto, disseminando boas práticas dentro e fora da escola, reforçando responsabilidade ambiental. Bahia Faz Ciência integra a iniciativa, promovida pela Secti, que divulga pesquisas e inovações baianas desde 2019, com ênfase em educação, saúde e sustentabilidade.
Reconhecimento do trabalho mostra que criatividade e ciência podem caminhar juntas, incentivando estudantes a desenvolver soluções práticas e ambientalmente corretas.