
A literatura brasileira perdeu uma de suas vozes mais marcantes neste sábado (30). O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu aos 88 anos, em Porto Alegre, deixando um legado que atravessa gerações. Homenagens de escritores, artistas e personalidades se multiplicaram nas redes sociais desde o anúncio do falecimento. O dramaturgo Walcyr Carrasco o definiu como “um gigante da literatura”.
Carrasco destacou que Verissimo soube transformar a vida simples em arte. “Um cronista do cotidiano, das emoções humanas mais verdadeiras”, escreveu. O cartunista Laerte Coutinho também se despediu com emoção. “Um beijo, Verissimo, amigo e mestre”, publicou, arrancando reações de leitores que partilharam lembranças de seus livros e crônicas.
Manifestações vieram ainda de atores, jornalistas e escritores. José de Abreu usou o X (antigo Twitter) para reconhecer sua contribuição: “Dominou com maestria a arte do texto curto”. Verissimo morreu na madrugada de sábado, após três semanas internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Ele tratava de uma pneumonia desde 11 de agosto.
De acordo com boletim médico, complicações da doença causaram o óbito. A família confirmou a informação em nota divulgada nesta manhã. O escritor convivia com problemas de saúde há anos. Tinha Parkinson, um marcapasso implantado em 2016 e sofreu um AVC em 2021, que afetou sua fala e a mobilidade.
Reconhecido pela leveza e ironia, Verissimo deixou dezenas de livros publicados. Suas crônicas abordavam política, amor, futebol e os pequenos dramas do cotidiano. Filho de Erico Verissimo, outro gigante da literatura nacional, ele construiu uma trajetória própria. Seus textos foram publicados em jornais de todo o país, sempre com enorme repercussão.
Leitores, colegas e críticos destacam que sua obra permanece viva. O humor refinado, aliado à sensibilidade, fez dele um cronista único da alma brasileira.