
A partir de janeiro de 2026, gasolina, diesel e gás de cozinha ficarão mais caros. O ICMS terá novo aumento e gera críticas sobre o peso dos impostos no país. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8). O Confaz, que reúne União e estados, aprovou o reajuste sem consulta popular.
O litro da gasolina subirá R$ 0,10 e passará a ter alíquota de R$ 1,57. No diesel, a alta será de R$ 0,05 por litro, elevando a taxa para R$ 1,17. O gás de cozinha terá impacto ainda maior. Cada botijão ficará R$ 1,05 mais caro, afetando diretamente famílias de baixa renda.
Para consumidores, o reajuste chega em um momento de aperto financeiro. A percepção é de que o governo transfere a conta da crise para a população. Especialistas alertam que o aumento pressiona a inflação e corrói o poder de compra. Com transporte mais caro, alimentos e produtos básicos devem subir de preço.
Motoristas reclamam que o combustível já consome parte significativa da renda. “Todo mês é uma luta para encher o tanque e pagar as contas”, disse um taxista. Donas de casa relatam preocupação com o gás de cozinha. “Se aumentar de novo, vai faltar comida na mesa”, lamentou uma moradora de Salvador.
O Comsefaz justificou que o cálculo usa preços médios da ANP entre fevereiro e agosto. Para muitos, o argumento técnico não reduz a indignação popular. Economistas veem risco de instabilidade social com a sequência de aumentos. Com mais impostos, cresce o sentimento de que o cidadão paga caro sem retorno.