
O Supremo Tribunal Federal (STF) se tornou palco de uma disputa marcada por tensão e estratégia. Ministro Luiz Fux pediu a anulação do processo que investiga a trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro. Decisão, segundo ele, não cabe à corte, já que os acusados perderam a prerrogativa de foro.
Marcha atrás de cada voto e palavra no tribunal revela o peso da decisão. “Meu voto reafirma a jurisprudência desta corte. Concluo pela incompetência absoluta do STF para julgar esse processo”, disse Fux. Para o ministro, não se trata de julgar culpados ou inocentes, mas de respeitar os limites legais da corte.
Plenário é o espaço certo, reforçou Fux, evitando que turmas restritas decidam sozinhas. “Julgar em uma turma seria silenciar a voz de outros ministros. Somos 11. A decisão precisa ser do plenário”, afirmou.
A medida garante participação plena, racionalidade funcional e evita decisões parciais. Nos corredores do STF, a expectativa cresce. Aliados e críticos de Bolsonaro acompanham cada movimento com atenção. Juristas dizem que a decisão pode redefinir os próximos passos do processo e influenciar o cenário político nacional.
Drama jurídico se mistura à política. Cada voto carrega o peso da história recente do país. O julgamento não é apenas sobre uma trama golpista, mas sobre limites institucionais, respeito à Constituição e o equilíbrio entre poder e justiça. Em Brasília, todos os olhos permanecem voltados para o plenário, onde a palavra final ainda está por vir.