
Sol castigava os pomares de Livramento de Nossa Senhora, enquanto produtores de manga enfrentavam mais um dia de incerteza. A seca prolongada e o aumento das tarifas de exportação colocam em risco a safra e a renda de muitas famílias.
Com reservatórios funcionando com menos de 30% da capacidade, a água disponível para irrigação é insuficiente. Produtores relatam dificuldades em manter os pomares saudáveis e temem perdas significativas na produção.
Além da estiagem, o aumento das tarifas eleva os custos de envio da fruta para mercados internacionais. “É o nosso sustento. Se não tivermos água e se os custos aumentarem, não conseguiremos colher nem vender nossas mangas”, disse um agricultor local.
Fruticultura é a base da economia da cidade e sustenta dezenas de famílias. O impacto da seca e das tarifas ameaça não apenas a produção, mas também empregos e o comércio ligado à fruta.
Mesmo diante das dificuldades, produtores tentam manter a esperança. “Trabalhamos desde cedo até o fim do dia, cuidando das árvores e irrigando com o que temos. Mas a insegurança é grande”, relata outro agricultor.
Próxima safra, que normalmente garante renda e estabilidade, agora está cercada de incertezas. Para muitos, o desafio é sobreviver à seca e ao mercado, mostrando a vulnerabilidade de quem vive da terra.