
Uma tragédia abalou Vitória da Conquista no último fim de semana. Uma bebê morreu após o parto no Hospital Municipal Esaú Matos, e a família acusa a equipe médica de negligência. Segundo a mãe, Kelly Prado, de 20 anos, a gestação transcorreu normalmente até a 41ª semana. Na sexta-feira (6), ela deu entrada na unidade para indução do parto.
Procedimento se estendeu por mais de 40 horas. Kelly relata que pediu cesariana diversas vezes, mas ouviu dos profissionais que o bebê estava bem e que era necessário aguardar. Cesariana foi realizada apenas na madrugada de domingo (8). A menina, que receberia o nome de Hilary Melissa, nasceu com sinais de sofrimento fetal.
Sem vaga disponível na UTI neonatal, a recém-nascida foi levada para uma sala de estabilização. Pouco depois, a família recebeu a notícia da morte. Em entrevista, os familiares relataram dor e indignação. Para eles, a demora na decisão da equipe médica contribuiu para o desfecho trágico.
Hospital Esaú Matos divulgou nota lamentando o ocorrido. A direção afirmou que a equipe seguiu protocolos reconhecidos pelo Ministério da Saúde e que a indução do parto é indicada em casos de gestação avançada sem evolução natural.
Família informou que pretende acionar a Justiça para responsabilizar os envolvidos. Entre amigos e parentes, o clima é de luto e revolta. Para Kelly, que sonhava em levar a filha para casa, restou apenas o vazio.