
Orgulho e responsabilidade marcaram a participação do Coronel Arthur Mascarenhas Fernandes no Encontro Internacional Iberoamericano de Chefes de Unidades de Manutenção da Ordem, realizado em Madri, entre 15 e 19 de setembro.
Convocado para representar o Brasil, o comandante do Comando de Policiamento em Missões Especiais (CPME) da Polícia Militar da Bahia destacou a relevância de estar entre líderes de segurança da América do Sul e da Europa.
Segundo ele, o encontro teve como foco a construção de novos modelos de policiamento voltados para manifestações e grandes eventos. Técnicas, doutrinas e princípios de atuação foram debatidos por delegações de diversos países.
“Foi uma troca de experiência muito significativa. Tivemos contato com novas estratégias e novas formas de abordagem que ampliam nossa compreensão sobre segurança pública”, afirmou o coronel.
Diferenças culturais entre continentes também chamaram a atenção do oficial. “Na Europa, a sociedade respeita muito suas instituições públicas e a polícia. Aqui na América Latina enfrentamos uma resistência constante às leis e à ordem”, avaliou.
Ao comparar realidades, Mascarenhas ressaltou o impacto no trabalho das forças de segurança. “Enquanto eles lidam com eventos de massa priorizando o diálogo, nós recorremos com frequência à munição química para garantir o controle”, explicou.
Mesmo diante desse contraste, o comandante fez questão de valorizar o preparo da corporação baiana. “A Polícia Militar da Bahia não deixa a desejar a nenhuma polícia do mundo. Nossa dedicação e capacidade são reconhecidas”, defendeu.
Durante a programação, os participantes visitaram o Palácio Real e conheceram de perto a Unidade de Intervenção Policial (UIP) da Polícia Nacional da Espanha. O grupo também fez uma visita técnica ao Estádio do Real Madrid, onde foram apresentados protocolos de segurança em arenas esportivas.
Para o coronel, cada atividade no encontro reforçou a importância da troca internacional de conhecimento. “Esses contatos nos permitem trazer ideias que podem ser adaptadas à nossa realidade e contribuir para a evolução da segurança no Brasil”, afirmou.
A experiência, segundo ele, também é um marco pessoal. “É fruto da trajetória que construí ao longo da minha carreira. Representar todas as polícias militares do país é motivo de orgulho e também um grande desafio”, disse emocionado.
Participar de um evento desse porte, acrescentou, fortalece não apenas sua carreira, mas também a imagem da Polícia Militar do Brasil. “Estar em Madri, lado a lado com forças de diferentes países, mostra que estamos preparados para dialogar e aprender no mesmo nível”, concluiu.