
Crise marca o teatro baiano. Wagner Moura afirmou que os últimos governos do PT deixaram o setor sem incentivos públicos adequados. Anos 1990 são lembrados com nostalgia. Durante a gestão de Antônio Carlos Magalhães (ACM), o teatro profissional vivia um período de alta e expansão.
Experiência pessoal moldou a carreira do ator. “Me formei e existo como artista graças à ebulição do teatro daquela época, com profissionais trabalhando no seu potencial máximo”, disse.
Dificuldades dos artistas locais preocupam Moura. Ele destacou a dor de ver talentos incríveis precisando de empregos fora da arte para sobreviver. Atualidade traz frustração. “O teatro profissional está abandonado. Governos de esquerda deveriam, por natureza, valorizar mais a cultura e apoiar quem se dedica a ela”, alertou.
Reconhecimento existe, mas é insuficiente. Ele elogiou iniciativas no interior da Bahia, mas reforçou que atenção e verba são limitadas e o setor profissional sofre com abandono. Conclusão do ator foi firme: “É doloroso ver atores talentosos sem espaço. A política cultural precisa de mudanças urgentes para preservar e valorizar o teatro profissional”.