
Seca volta a castigar Livramento de Nossa Senhora. Agricultores e moradores temem que a falta de chuvas comprometa o abastecimento e a economia local. Principal fonte de água da região, a Barragem Luís Vieira, em Rio de Contas, opera com apenas 25,4% da capacidade. O volume atual é de 24,8 milhões de m³.
Estudos apontam que, até o fim do ano, o consumo deve reduzir a barragem para 15 milhões de m³. O número preocupa, pois o limite mínimo é 7 milhões de m³. Preocupação é dupla: garantir água para o consumo humano e sustentar a produção agrícola, base econômica do município e sustento de milhares de famílias.
Agricultores já relatam perdas em lavouras e dificuldade para manter a irrigação. Muitos falam em prejuízos irreversíveis caso as chuvas atrasem. No campo, a imagem é de sofrimento. Plantios de banana, maracujá e outras culturas mostram sinais de estresse hídrico, enquanto reservatórios menores secam.
O calor agrava a situação. Setembro registrou altas temperaturas, e o desconforto é sentido por toda a população, das áreas rurais ao centro urbano. Meteorologistas preveem chuvas apenas a partir da segunda quinzena de outubro. Novembro e dezembro podem ter acumulados acima de 100 mm por mês.
Mesmo com esse cenário, especialistas alertam que a recarga não será suficiente para reverter a estiagem. Alívio será parcial e temporário. Situação pressiona autoridades locais. A gestão busca medidas emergenciais para equilibrar o consumo e evitar um colapso no abastecimento.