
Durante o mês de setembro, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Brumado se mobilizaram em uma série de atividades dentro da campanha Setembro Amarelo. A iniciativa buscou conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio e fortalecer os vínculos comunitários em torno do cuidado com a vida.
Ao longo das semanas, os CRAS organizaram rodas de conversa, oficinas e dinâmicas que reuniram crianças, adolescentes, gestantes e famílias atendidas pelos programas socioassistenciais. A proposta foi criar um espaço de diálogo aberto, onde emoções pudessem ser compartilhadas e estratégias de enfrentamento discutidas de forma acolhedora.
No dia 10 de setembro, data mundial de prevenção ao suicídio, o CRAS Esther Trindade Serra promoveu uma atividade marcante. A psicóloga Flávia Marcília conduziu a dinâmica “Estoure sua dor”, que convidou gestantes a refletirem sobre sentimentos de angústia e formas de superação. A experiência, segundo os organizadores, estimulou a expressão de emoções, que muitas vezes ficam guardadas em silêncio, e mostrou caminhos de apoio e acolhimento.
Na sequência, a facilitadora Marlúcia Meira realizou uma oficina criativa de confecção de móbiles. O exercício manual funcionou como terapia coletiva, aproximando as participantes e despertando momentos de interação, descontração e fortalecimento das relações.
Além das atividades presenciais, os CRAS também levaram a pauta da campanha para outros espaços de diálogo. No dia 25 de setembro, profissionais da assistência social participaram de uma entrevista na Rádio Nova Vida, onde conversaram com a comunidade sobre os sinais de alerta do suicídio, a importância de pedir ajuda e o papel das redes de apoio no cuidado com a saúde mental.
As ações, de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, reforçam que a valorização da vida deve ser um compromisso coletivo. Para os técnicos envolvidos, o Setembro Amarelo não se encerra no mês de setembro, mas precisa se transformar em práticas contínuas de cuidado e atenção à comunidade.
Especialistas lembram que falar sobre saúde mental não é tabu, mas uma forma de salvar vidas. “Abrir espaço para que as pessoas expressem seus sentimentos é fundamental. O silêncio muitas vezes agrava a dor, e por isso iniciativas como essas são essenciais”, destacou uma das profissionais que conduziu as atividades.
Com ações simples, mas carregadas de significado, os CRAS de Brumado mostraram que acolher, escutar e dialogar são atitudes capazes de transformar realidades. O município reforçou sua adesão ao movimento nacional, lembrando que o suicídio pode ser prevenido quando a sociedade se une para valorizar a vida.