O distrito de Pajeú dos Ventos, em Caetité, no sudoeste da Bahia, vive um período de maior tranquilidade e segurança. Moradores relatam que antigas queixas sobre som alto e arruaças com motocicletas, comuns aos finais de semana, praticamente desapareceram. Antes, festas barulhentas e manobras perigosas de motociclistas vindos de Guanambi geravam tensão.
Muitas famílias diziam evitar ruas ou eventos noturnos por medo de confrontos ou acidentes. A mudança começou com a intensificação do policiamento comunitário. Equipes da Polícia Militar passaram a realizar rondas mais frequentes, dialogando com moradores, conhecendo líderes locais e criando presença constante nas áreas críticas.
Segundo líderes comunitários, a atuação próxima da polícia mudou a percepção da segurança. “Hoje conseguimos dormir com mais tranquilidade. A presença da polícia mostra que somos ouvidos e que nossas preocupações importam”, contou um morador. Além de coibir desordens, o policiamento reforçou o sentimento de pertencimento e responsabilidade compartilhada. Moradores passaram a colaborar com denúncias, orientar jovens e incentivar práticas de cidadania.
“Antes, a preocupação era constante. Agora, percebemos respeito mútuo e mais harmonia. A polícia não é apenas autoridade, mas parceiro da comunidade”, disse outra liderança local. Presença das rondas também beneficiou comerciantes e frequentadores de espaços públicos, que passaram a organizar eventos com segurança e sem transtornos, valorizando o convívio social no distrito.
Segundo a Polícia Militar, a experiência em Pajeú dos Ventos serve como modelo para outras regiões. A estratégia combina prevenção, diálogo e fiscalização, mostrando que a segurança pública ganha eficácia quando é construída junto à população.
Moradores destacam que a parceria não é apenas sobre coibir crimes ou infrações. Trata-se de fortalecer vínculos e confiança, garantindo que todos se sintam parte da solução para os problemas locais. Resultado é visível: ruas mais calmas, jovens envolvidos em atividades culturais e esportivas, e famílias que voltaram a frequentar espaços comunitários com liberdade e confiança.
Pajeú dos Ventos se tornou exemplo de como policiamento comunitário transforma não só a segurança, mas também a vida social e emocional de um distrito. A comunidade celebra a mudança e espera que o modelo seja mantido e ampliado.