
Um caso que chocou Licínio de Almeida, no sudoeste da Bahia, teve desfecho nesta semana. Um homem acusado de estuprar as próprias filhas em 2017 foi condenado a mais de 64 anos de prisão. À época, o crime causou grande repercussão no município, mas o acusado ficou foragido por vários anos, atrasando a conclusão do processo e mantendo a comunidade em expectativa.
Somente após sua localização recente foi possível finalizar a instrução processual, levando à sentença condenatória que reforça a atuação do Ministério Público na proteção de crianças e adolescentes. Segundo a promotoria, a decisão demonstra que abusadores não ficarão impunes, mesmo após tentativas de escapar da Justiça, enviando mensagem clara sobre a seriedade do enfrentamento à violência sexual intrafamiliar.
O caso reacende a discussão sobre a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de proteção, principalmente em situações que envolvem familiares, onde há maior vulnerabilidade e quebra de confiança. Promotora de Justiça de Jacaraci, Gabrielly Coutinho Santos, destacou o caráter exemplar da decisão. “Essa condenação representa um alívio para as vítimas, que finalmente veem a Justiça sendo feita”, afirmou.
Ela acrescentou que a medida também simboliza a atuação firme e incansável do Ministério Público na defesa da dignidade sexual de crianças e adolescentes, reafirmando a prioridade em casos de violência intrafamiliar. Sentença é considerada um marco para a comunidade local, reforçando a importância da punição de crimes sexuais e mostrando que a justiça pode prevalecer, mesmo em situações de longa espera e dificuldade de investigação.