O dedo da mão da estátua do imperador Constantino exposta nos Museus Capitolinos, em Roma, foi achado no Louvre, em Paris, na França. Com 38 centímetros e de propriedade da coleção do banqueiro romano Giampietro Campana, o dedo pode estar há centenas de anos no acervo do museu parisiense.
A descoberta foi feita no dia 17 de maio, durante um projeto de pesquisa sobre as técnicas de produção de esculturas em bronze, realizado pelo próprio Louvre e pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França. O departamento de antiguidades gregas, etruscas e romanas do Louvre resolveu testar a hipótese de o fragmento ser da estátua de Constantino em conjunto com o museu italiano, e foi confirmado que a reprodução em resina do dedo, feita em 3D, se encaixava perfeitamente na mão da escultura.
Agora uma pesquisa está em andamento para entender quando o dedo foi retirado e como ele chegou na coleção de Campana. “O dedo provavelmente se destacou na separação entre a mão e o globo que originalmente existia, quando, em 1584, este último foi colocado no topo de uma coluna”, disse Claudio Presicce, superintendente dos Museus Capitolinos.
Ainda segundo Presicce, uma gravura de 1759 publicada pelo abade Diego Revillas já representava a mão sem o indicador. Os Museus Capitolinos avaliam a hipótese de emprestar a mão de Constantino ao museu parisiense, para a exposição “Um sonho da Itália”, que será realizada entre os dias 7 de novembro e 11 de fevereiro. Por sua vez, o Louvre estuda a possibilidade de exibir a mão em Roma já integrada ao dedo. (ANSA