O presidente americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un apertaram as mãos em Singapura na manhã desta terça-feira (12; noite de segunda em Brasília), dando início a um encontro histórico e até há pouco inimaginável após décadas de tensões provocadas pelas ambições nucleares de Pyongyang.
É a primeira vez que um presidente dos EUA em exercício da função se encontra com um líder da Coreia do Norte.
Minutos após se encontrarem no hotel Capella, na ilha de Sentosa, os dois posaram para fotos e se dirigiram a um salão com seus tradutores. Em breve dec laração à imprensa, Trump afirmou que esperava que a cúpula fosse “um sucesso” e desse início a “uma excelente relação”, ao que Kim assentiu com um sorriso.
Após os cumprimentos, os dois devem permanecer juntos por 45 minutos, até as 23h (horário de Brasília). Em seguida, a reunião passará a ser acompanhada por assessores dos dois lados, e os líderes participarão de um almoço.
A expectativa é que os dois concedam uma entrevista coletiva às 4h desta terça (hora de Brasília).
Apesar da aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.
Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua Presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos.
Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Singapura, Trump indicou que os preparativos do encontro “iam bem”.
“Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado”, tuitou, antes de atacar em outra mensagem os “haters e perdedores” que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.
O encontro em Singapura deve ser apenas o início de negociações que podem durar meses e até ano para serem finalizadas. Isso se elas forem bem-sucedidas.
Antes do encontro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o encontro entre Trump e Kim iria estabelecer os parâmetros para o trabalho duro que vai acontecer na sequência.
“Vamos ver até onde conseguimos ir”, disse Pompeo.
Pouco antes do encontro, Trump afirmou que o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Larry Kudlow, havia sofrido um ataque cardíaco e estava internado em hospital nos EUA.