O diretor do longa “Chacrinha: O velho guerreiro”, Andrucha Waddington, acredita que a produção pode “curar” a “ressaca” de uma eventual vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições. Para ele, a figura do icônico apresentador que viveu a ditadura militar e a “reabertura” política, representa a capacidade de unir o Brasil novamente.
“É tão poderoso que acho que, depois de uma eleição, em uma provável ressaca muito grande que vamos enfrentar, talvez ele traga algum tipo de alegria para o público. Ele tem essa característica”, afirmou Waddington em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (16). O diretor enxerga no filme um possível “alento” caso o “jogo não virar”.
Waddington analisou o momento político atual, em que pesquisas eleitorais apontam para uma vitória de Bolsonaro contra Fernando Haddad, e faz comparações com o cenário da primeira eleição direta para presidente, quando Collor derrotou Lula.
“O país polarizado, uma situação politica bem esquisita, em que estamos vendo a possibilidade de um retrocesso de 50 anos que pode acontecer. Isso assusta a todo mundo […] É um momento realmente muito triste. Me lembra muito Collor, mas pior. Rezo para que ainda haja uma virada”, torce ele.
No último fim de semana, o perfil da produtora Globo Filmes no Instagram divulgou novo trailer de “Charinha: O velho guerreiro”. O apresentador é interpretado por Edu Sterblitch e posteriormente por Stepan Nercessian.