Em entrevista publicada na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, no último domingo (22), o cantor e compositor Milton Nascimento fez declarações fortes a respeito da qualidade da música brasileira. O músico ironizou as letras falando que não sabia se o “pessoal” ficou mais burro ou se não tinham mais vontade de cantar. “A música brasileira tá uma merda. As letras, então… Meu Deus do céu! Uma porcaria!”, criticou Milton. Ele ainda critica os temas abordados nas músicas atuais. “Não tem vontade (de cantar) sobre amizade ou algo que seja. Só sabem falar de bebida e a namorada que traiu, ou do namorado que traiu. Sempre traição.”, completou. Mas o cantor não fica apenas nas críticas. Milton destaca nomes de cantores atuais que, inclusive, já cantaram com ele, como Maria Gadú, Tiago Iorc e Criolo. A repercussão da matéria tomou conta das redes sociais e Milton ficou entre os 19 assuntos mais comentados do final da tarde deste domingo no Twitter no Brasil. Após publicação da entrevista, em seu perfil nas redes sociais, o cantor se posicionou a respeito da declaração amenizando o título e citando mais alguns nomes atuais que segundo ele estão fora do “mainstream do mercado nacional” da música no Brasil. Segundo ele, o título da matéria levou o leitor a conclusões precipitadas. “Fora do contexto, o título de uma reportagem pode levar o leitor a conclusões equivocadas. A frase escolhida para a manchete da entrevista que Milton Nascimento deu à jornalista Monica Bergamo se refere exclusivamente à música feita no mainstream do mercado nacional, consumida pela massa. E só a ela. Justamente por isso, os únicos citados por ele como contra-exemplo foram Maria Gadú e Tiago Iorc, dois dos raros artistas talentosos que transitam nesse universo industrial. Bituca jamais se referiu à nova geração brasileira que, à parte do mainstream musical, tem construído a melhor música desse novo tempo.”, publicou o artista.