Diante da constatação de ocorrência de aglomerações nas entradas das instituições bancárias e agências lotéricas de Caetité o Prefeito Municipal e o COE se reuniram com representantes na manhã da última terça-feira (14/4) a fim de estabelecer procedimentos e adotar medidas que visem a evitar tais agrupamentos que são meios propícios para a propagação do coronavírus que assola o planeta. O Prefeito agradeceu a presença de todos e ponderou sobre o ônus de se adotar medidas restritivas, mas que estas são realmente a única providência capaz de fazer frente à pandemia. O procurador municipal Élcio Dourado ressaltou que há, inclusive, imposição do Ministério Público Federal para que os prefeitos NÃO relaxem as medidas sanitárias, a menos que haja no lugar comprovação de que as instalações médicas possam fazer frente a um surto que tal relaxamento produza, sob pena de responsabilização fiscal.
A secretária de saúde Cynthia Lopes frisou que, apesar de todas as medidas de defesa sanitária adotadas, data a imensa extensão territorial do município, fica praticamente impossível controlar o acesso não detectável pelas estradas vicinais – entre outras ponderações – no sentido de que sejam adotadas todas as providências necessárias para se evitar aglomerações. Os representantes das duas modalidades de instituições então relataram as medidas que vêm adotando, dentre as quais a organização de filas, limpeza constante, uso de EPIs por funcionários, “home office”, etc. Assinalaram contudo que o grande “gargalo” tem sido as filas no exterior dos estabelecimentos, quando a própria população desobedece às marcações feitas para garantir um distanciamento seguro. Neste sentido o Procurador ponderou que agentes da Vigilância em Saúde talvez possam vir a auxiliar na manutenção da ordem, ficando o COE de deliberar uma solução que também possa contar com a ajuda do poder público – embora seja ressaltada a responsabilidade das próprias instituições em fazê-lo.
Os representantes das instituições financeiras então solicitaram uma campanha de conscientização da população, pois este controle deve vir antes de tudo de cada cidadão, em não comprometer com um gesto a saúde coletiva, bem maior a ser preservado. A Secretária de Saúde ponderou que “enfrentamos um inimigo invisível, mas não será o poder público que o vencerá, mas todos juntos como os elos de uma corrente; basta que um elo se rompa para que o inimigo avance”. Mais uma vez ficou claro que a solução para os problemas passa pela conscientização de todos. Como frisou o Prefeito: “o Poder Público está fazendo sua parte, é preciso que as empresas façam a dela, mas também que cada cidadão colabore”.
