O varejo baiano fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 22,8% frente ao mesmo período de 2020, quando a atividade ficou parcialmente afetada pelo início da pandemia. O faturamento neste ano superou o mesmo intervalo do ano passado em R$ 9,7 bilhões.
O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (16), em levantamento feito pela Federação do Comércio (Fecomércio-BA) com base na PMC, do IBGE. No mês de junho, as vendas cresceram 24,4% na comparação anual e 11,3% em relação a igual período pré-pandemia.
Segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, o destaque na comparação com 2019 foi o setor de materiais de construção, com alta de 44,7% e um faturamento de R$ 764 milhões. Já o ramo de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos teve variação de 36,3%.
“Parte do crescimento vem de fato pelo aumento da demanda, porém há o aumento dos preços destes tipos de produtos que subiram muito acima da inflação média geral e que influencia no faturamento mais alto”, disse o economista da federação.
Dietze acrescentou que dois grupos ainda não conseguiram superar o faturamento pré-pandemia: vestuário e calçados (-31,7%) e outras atividades (-7%). No primeiro caso, há dificuldade de inserção dos produtos no comércio online – compra depende de prova pelo consumidor -, além da redução da necessidade de renovação de guarda-roupa.
“Já o segundo que, em grande parte, é influenciado pelas vendas de combustíveis como gasolina e gás, tem o impacto da redução de circulação de veículos em relação aos períodos anteriores à pandemia”, esclarece o economista. Também participam desse conjunto as joalherias e lojas de artigos esportivos.