Gilberto Dantas, imortalizado na cultura popular jussiapense como Baeca, morreu aos 72 anos e deixou uma legião de afilhados, amigos e familiares, na última terça-feira (17) após ser internado em um Hospital Municipal Professor Magalhães Neto (HMPMN), em Brumado, com diagnóstico de Covid-19. As inforações são Jussi Up.
De cadeira de rodas, a figura folclórica não conseguia mais andar após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) em 2014. Desde então, Baeca teve os movimentos do seu corpo comprometidos, passando assim a depender da ajuda da família e amigos.
Baeca criou blocos de carnaval, como o “Bloco do Eu Sozinho”; “Sei Lá” e o “As Belas e A Fera”. A cada edição da folia de rua, ele lançava uma mortalha e canções que retratava acontecimentos da cidade. Baeca também foi autor das famigeradas “emendadas”, como “Baeca, você quer café ou suco? Os dois!” ou, então, “Tchau Baeca! Tchau para você que vai embora!”.
Seus inesquecíveis bordões foram incorporados ao vocabulário da população jussiapense, a exemplo do “É cuia”; “Eu, heim penca!?”; “Não sei se é convênio”; “E… é home?”; “Muleco da sede”; “Mamano dend’água”; “Tá operado!”; “Quebrou os pontos”; “sei!…”; “é água!…”; “retou e comprou um fusca” e tantos outros.
Ao lema de “pará, pará, pará, queremos guaraná”, muitos já se uniram a Baeca para brincar e ouvir de sua própria boca composições que mais tarde se tornaram símbolo de nostalgia. Quem nunca ouviu falar da épica viagem à Lapa? E os intercâmbios entre estudantes de cidades da região em que ele representava alunos jussiapenses?
Baeca participou de diversos shows de calouros, conferindo um significado a mais ao hit “Vem Me Ajudar”, dos The Fevers. Há uma diversidade de lembranças sobre Baeca, como os causos, bebedeiras, batizados, viagens, comemorações dos seus aniversários e tantas outras.