O ex-senador Roberto Requião (PT-PR) expôs em público o desconforto com a atuação da primeira-dama, Rosângela da Silva. Em tom de ironia, disse que Janja deveria disputar um cargo público no Paraná. Ele citou como uma das possibilidades a Prefeitura de Curitiba, no ano que vem.
A irritação de Requião é porque Janja publicou em suas redes sociais, ontem, que a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, será a “futura senadora” do Estado. Gleisi é desafeto de Requião. Apesar da provocação, a legislação brasileira impede parentes do presidente da República de disputarem cargos eletivos.
Embora esteja na sigla, Requião não é um petista raiz. Ele se filiou ao partido em 2022 para concorrer ao governo do Estado em contraponto às candidaturas de direita.
O desconforto no Paraná ocorre porque os petistas já se antecipam para o caso de o senador Sergio Moro (União-PR), desafeto do presidente Lula, ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A decisão, entretanto, não tem prazo para ocorrer e pode ficar para o ano que vem.
“A Janja é forte demais, ela deveria ser candidata. Já que ela fez esse comentário (sobre Gleisi), ela poderia aproveitar a popularidade e disputar uma eleição. Ela pode ser prefeita de Curitiba”, disse Requião à Coluna. “Vou colocar uma bandeira na minha janela: ‘estamos todos com Janja”, brincou o parlamentar.
Ele também alfinetou os outros cotados para a possível disputa ao Senado, que ainda não passa de especulação. Requião questionou por que no pleito do ano passado Gleisi Hoffmann ou o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, não foram os candidatos da legenda ao governo estadual. Requião foi o escolhido, mas perdeu para Ratinho Jr. (PSD).