A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, resultou em mais de 120 mortos, incluindo figuras conhecidas do crime organizado. Entre eles, uma jovem identificada como ‘Japinha do CV’, ou ‘Penélope’, que foi executada com um tiro de fuzil na cabeça durante o confronto com a polícia.
Japinha, apontada como uma figura de confiança dos líderes do Comando Vermelho (CV) na zona norte do Rio, foi encontrada com o rosto completamente esfacelado em um dos acessos à comunidade. A jovem era responsável pela proteção das rotas de fuga e pela defesa dos pontos estratégicos de venda de drogas no local.
De acordo com informações da coluna ‘Na Mira’, do portal Metrópoles, Japinha resistiu à investida policial e foi atingida por um tiro de fuzil. A jovem, vestindo roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil, foi encontrada sem vida em meio à operação.
Imagens do momento em que o corpo foi encontrado circulam nas redes sociais, gerando grande repercussão. Após a divulgação do vídeo, um áudio também apareceu na internet, onde Japinha negava sua morte e debochava da notícia, em conversa com um amigo. Contudo, uma publicação nos stories do Instagram de sua irmã confirmou a morte da jovem. O texto pedia respeito à dor da família e a não divulgação das fotos da vítima.
“Irmã dela aqui, gente, parem de postar foto da Penélope morta! Isso é muito triste para nós, familiares. Agradecemos a todos que estão enviando mensagens de carinho e força”, escreveu a irmã nos stories da rede social.
A morte de Japinha do CV é mais um reflexo da intensa violência do Rio de Janeiro, onde operações de grande escala contra facções criminosas continuam a resultar em mortes, tanto de criminosos como de pessoas inocentes, gerando controvérsias sobre a abordagem policial e suas consequências.