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2 de setembro de 2016
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Cuba: “A perseguição é boa para a Igreja, pois nos fortalece”, diz Pastor Evangélico

Imagem Reprodução

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Assim que foi oficializado o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência do Brasil, o governo de Cuba condenou “energicamente” o que chama de “golpe de Estado”. Anunciou também que está fazendo uma campanha internacional, procurando dezenas de altos funcionários de entidades internacionais e diplomatas. Enviou um comunicado em inglês e espanhol para a ONU, Unicef, Organização Mundial da Saúde, Organização Mundial do Comércio, Organização Internacional do Trabalho e dezenas de outras. O presidente cubano Raul Castro afirma que a cassação de Dilma foi um ato contra a democracia. Ao mesmo tempo, o governo dos irmãos Castro não permite a liberdade de imprensa no seu país e por isso pouco se sabe sobre o aumento da perseguição religiosa na ilha. Patrick Klein, da missão Visão Além das Fronteiras, explica que o sistema de político cubano não tem intenções de deixar o comunismo. Isso inclui um tratamento severo das instituições que defendem a liberdade, como as igrejas. Um relatório da Christian Solidarity Worldwide mostra que as demolições da igreja estão se tornando mais frequentes em 2016. A organização registrou 1.606 violações da liberdade religiosamente no primeiro semestre deste ano. Em comparação, foram 220 em 2014, pulando para 2300 em 2015. “A perseguição é boa para a igreja”. Klein relata que recentemente conversou com um pastor que viu o pequeno templo onde costumava pregar ser demolido. As autoridades o acusaram de estar fazendo algo “ilegal”. Em meio às lágrimas, o pastor que não poder ser identificado por questões de segurança, desabafou: “Quer saber? Não importa que eles derrubem, a perseguição é boa para a Igreja, pois nos fortalece”. Acrescentou que já estava procurando um outro lugar para reunir as pessoas. O missionário Klein explica que “ Eles evangelizam muito, estão plantando muitas igrejas. É simplesmente incrível como a Igreja está crescendo tão rapidamente. Eles estão determinados a servir a Deus, não importa o que aconteça. Se a perseguição fica muito intensa, continuam louvando a Deus e vão achar uma maneira de se reunir, seja na praia, numa casa ou até na selva”. A Visão Além das Fronteiras, que dá apoio a cristãos perseguidos em vários países, compara as demolições na ilha caribenha com os relatos que vem da China, onde o sistema de governo é muito parecido com o cubano. Em ambos os casos o ideal comunista, inerentemente ateísta, é usado para justificar o controle das organizações religiosas. As que se negam a obedecer ao Estado são destruídas. Klein ressalta que existem situações semelhantes acontecendo no Laos e Vietnã, onde o regime também é baseado nos ideais marxistas, onde existe um partido único que controla o país e restringe a liberdade.