Sidônio sugere ofensiva nacional contra o crime e tenta reposicionar governo após crise no Rio

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na terça-feira (4), em Belém (PA), com parte de sua equipe ministerial para discutir segurança pública e as repercussões da Operação Contenção, no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. Encontro ocorreu no barco onde o presidente está hospedado durante a COP30.

Pauta da violência no Rio ganhou prioridade máxima após críticas da oposição e da própria sociedade civil. Durante a reunião, o ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, apresentou a proposta de uma iniciativa nacional batizada de “Aliança Contra o Crime pela Paz”.

Plano busca reposicionar o governo federal no debate sobre segurança e reduzir o impacto político da crise. Sem o auxílio de computadores por falhas na conexão, Sidônio usou um fluxograma desenhado à mão para explicar suas ideias.

No centro, colocou a palavra “aliança” e, em torno dela, ações práticas como apreensão de drogas, combate ao tráfico de armas, criação de centros integrados de segurança e bloqueio financeiro de facções criminosas. A coordenação da aliança ficaria sob responsabilidade da Casa Civil, chefiada por Rui Costa (PT).

O ministro já atua como articulador de políticas entre União e estados e teria papel estratégico na condução das ações. Ministros presentes, entre eles Gleisi Hoffmann, Guilherme Boulos e Ricardo Lewandowski questionaram a viabilidade política da proposta, já que governadores da oposição dificilmente adeririam à aliança.

Segundo relatos, Lula ouviu as sugestões, mas não tomou decisão imediata. Dois ministros afirmaram que o presidente pretende avaliar o tema após o encerramento da COP30, antes de qualquer anúncio público.

Durante a apresentação, Sidônio exibiu pesquisas recentes que apontam apoio majoritário da população à Operação Contenção, apesar das críticas a abusos policiais. Levantamento reforçou a urgência de uma resposta política equilibrada.

Lula, contudo, evitou associar o governo ao discurso de confronto. Em declarações anteriores, ele classificou a ação no Rio como “matança” e reiterou que o governo não endossará o lema “bandido bom é bandido morto”.

Um dos ministros resumiu a posição do Planalto: “Não é porque a população está adorando que vamos apoiar matar todo mundo.” Projeto de Sidônio ainda será revisado pela Casa Civil e poderá ser apresentado oficialmente como uma política nacional de segurança integrada, caso receba aval presidencial.

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