
Morreu nesta quarta-feira (5), em Vitória da Conquista (BA), a ativista Elizabeth Ferreira Lopes, conhecida carinhosamente como Beta. Ela tinha 69 anos e estava internada há cerca de 20 dias no Hospital IBR, após complicações de saúde. Reconhecida como um dos símbolos do Movimento Negro Baiano, Beta dedicou décadas à luta por igualdade racial, educação pública e direitos humanos.
Sua trajetória inspirou gerações de professores, militantes e jovens da região sudoeste. Durante anos, atuou como professora da Rede Municipal de Ensino, onde formou não apenas alunos, mas cidadãos conscientes da importância da diversidade. Colegas descrevem Beta como uma mulher firme, generosa e profundamente comprometida com as causas sociais.
Militante também foi presença constante em marchas, fóruns e conferências voltadas à valorização da cultura afro-brasileira e ao combate ao racismo estrutural. Seu legado permanece vivo nas vozes e lutas que ajudou a fortalecer. O corpo está sendo velado no Plenário Vereadora Carmen Lúcia, na Câmara Municipal de Vitória da Conquista.
Sepultamento ocorrerá no Cemitério da Saudade, em clima de despedida e gratidão. Amigos e familiares lembram Beta como “uma mulher de coragem, que nunca deixou de acreditar na transformação por meio da educação e da resistência”. Ela deixa quatro filhos, netos e uma história marcada por amor, consciência e exemplo.