A Câmara Municipal de Jaguaquara, no sudoeste da Bahia, suspendeu por 30 dias o vereador Rogério Rocha (Republicanos) após denúncia de assédio sexual feita por uma servidora da Casa Legislativa. A decisão foi unânime e aprovada na sessão desta terça-feira (4).
Parlamentares da base e da oposição concordaram com a punição, proposta pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. O grupo considerou que o comportamento do vereador foi incompatível com o cargo público e feriu o respeito institucional exigido para o exercício do mandato.
Rogério Rocha não compareceu à sessão. Mesmo ausente, seu caso dominou o debate no plenário. Vereadores afirmaram que a Câmara precisava dar uma resposta firme à sociedade e defender o ambiente de trabalho das servidoras, reforçando o compromisso com a ética e o respeito mútuo.
Durante o período de afastamento, o parlamentar ficará impedido de exercer funções e não receberá salário. A medida entra em vigor após publicação no Diário Oficial do Legislativo.
Episódio causou repercussão imediata em Jaguaquara. Moradores cobraram transparência e investigação rigorosa, enquanto movimentos de mulheres e lideranças locais manifestaram apoio à servidora e pediram punição exemplar.
Comissão de Ética informou que continuará acompanhando o caso e que novas medidas poderão ser adotadas caso a denúncia seja comprovada em outras instâncias. O órgão destacou que a decisão tem caráter disciplinar e preventivo, voltado à preservação da imagem do Legislativo.
Defesa de Rogério Rocha não se manifestou publicamente até o fechamento desta matéria. O vereador ainda pode apresentar recurso ou solicitar revisão da decisão.
Suspensão representa um marco na política municipal. Pela primeira vez, a Câmara de Jaguaquara afasta um vereador por denúncia de assédio, fato que reforça o debate sobre moralidade, respeito e limites de conduta no serviço público.