“Silva” lidera lista de sobrenomes mais comuns em Brumado, segundo o IBGE

Foto Washington Tiago Sudoeste Acontece

O sobrenome “Silva” continua soberano em Brumado. Segundo dados do levantamento “Nomes no Brasil”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo 2022, ele é o mais frequente entre os moradores do município.

Levantamentos apontam que 24,36% da população, o equivalente a 17.176 pessoas, carregam o tradicional nome de família. Logo atrás aparecem “Santos”, com 20,04% (14.127 pessoas), “Souza” com 11,14% (7.854) e “Lima”, com 6,63% (4.677).

Esses quatro sobrenomes sozinhos representam mais de 62% da população brumadense, revelando a força das linhagens familiares históricas que moldaram a identidade da cidade ao longo das gerações.

Outros nomes também marcam presença nas certidões. Sobrenomes como Oliveira, Meira, Pereira, Dias, Leite e Jesus completam o ranking dos dez mais comuns em Brumado. Na sequência, surgem Almeida, Ribeiro, Alves, Rocha, Gomes e Ferreira, com percentuais entre 2% e 3%.

Especialistas explicam que a predominância de nomes como “Silva” e “Santos” é resultado direto da história colonial brasileira, quando esses sobrenomes eram frequentemente dados a pessoas escravizadas, indígenas e trabalhadores rurais. O hábito se espalhou por todo o país, criando uma marca de identidade cultural.

Em Brumado, essa herança se mistura com a chegada de famílias sertanejas que migraram para o município em busca de novas oportunidades, mantendo vivos nomes que hoje simbolizam tradição, pertencimento e continuidade.

O painel interativo do IBGE mostra que a cidade segue a tendência nacional: “Silva” e “Santos” dominam os registros em todas as regiões do Brasil, do litoral ao sertão. Ainda assim, o estudo revela curiosidades locais, como a presença mais expressiva de “Meira” e “Leite”, nomes mais raros em outras partes do país.

Pesquisadores do instituto afirmam que os sobrenomes funcionam como mapas da história social e migratória do Brasil. Eles carregam traços de origem portuguesa, africana e indígena, refletindo o mosaico cultural que formou a identidade do povo brasileiro.

Para o IBGE, o levantamento reforça o papel da genealogia popular como ferramenta de memória e pertencimento. Cada nome traz consigo uma história de luta, amor e resistência, especialmente em cidades como Brumado, onde as famílias tradicionais continuam deixando sua marca nas ruas, escolas e registros públicos.

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