Um caso chocante mobilizou as autoridades de São Paulo nesta segunda-feira (10). Um adolescente de 14 anos encontrou um dedo humano dentro de uma esfiha comprada por delivery em uma lanchonete na Zona Norte da capital.
A descoberta gerou repercussão imediata nas redes sociais e levou à interdição do estabelecimento. A informação foi confirmada pela Polícia Civil e pelo portal g1. O jovem, que estava com familiares no momento do consumo, percebeu o pedaço de carne estranha e, ao examinar, notou que se tratava de parte de um dedo humano, gerando pânico entre os presentes.
As investigações apontaram que o dedo pertencia a um cozinheiro de 55 anos, funcionário da própria lanchonete. Durante o preparo dos alimentos, ele sofreu um acidente com uma máquina de cortar calabresa, que amputou parte do seu dedo. Homem foi socorrido e levado ao Hospital do Servidor Público, onde passou por atendimento e recebeu alta médica.
O cozinheiro relatou à polícia que procurou o pedaço amputado, mas não o encontrou na cozinha nem no equipamento. O alimento, já embalado, acabou sendo enviado ao cliente antes que a equipe percebesse o ocorrido. A lanchonete foi interditada pela Vigilância Sanitária, e todo o estoque de alimentos foi apreendido para análise pericial no Instituto de Criminalística.
Instituto Médico Legal (IML) recebeu o fragmento encontrado na esfiha, e exames confirmaram que o material era humano. Adolescente e sua família foram indenizados, segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), e passam por acompanhamento psicológico após o trauma.
Polícia Civil abriu inquérito para apurar falhas sanitárias e responsabilidades do estabelecimento. A empresa de delivery também será ouvida, para verificar se houve omissão no processo de transporte ou comunicação após o acidente.
“Foi uma cena que ninguém quer presenciar. Um acidente grave, mas que revela uma falha gravíssima no controle sanitário”, disse um investigador envolvido no caso.
O episódio reacende o debate sobre segurança alimentar e condições de trabalho em cozinhas industriais. Especialistas afirmam que, em casos de acidentes com risco biológico, o protocolo exige isolamento imediato do local e descarte total dos alimentos produzidos na ocasião.