A Secretaria Especial de PolÃticas para as Mulheres (SPM) lança nas redes sociais a campanha #SouNegraE, para lembrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, na próxima terça-feira (25). Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), 49,5% das mulheres brasileiras se consideram pretas e pardas. A proposta da campanha é reforçar o valor da luta das mulheres e chamar atenção para as barreiras no enfrentamento à violência, no acesso à saúde, à educação e nos espaços de poder. São 8 cards para as redes sociais com mulheres em destaque por seu papel na sociedade e bonecas que representam conceitos de empoderamento das mulheres negras. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a mortalidade materna na mulher negra tem aumentado nos últimos anos, ao contrário do observado na média da brasileira. Cerca de 60% dos óbitos maternos registrados no paÃs são de pretas ou pardas. O principal motivo de morte materna entre mulheres negras (pardas e pretas) é a hipertensão, seguida de hemorragia. As mulheres tem aumentado a matrÃcula nos cursos de ensino médio. E as mulheres negras têm acompanhado essa tendência, passando de pouco mais de 700 mil em 2007 para mais de 1,4 milhão em 2013. Em 2016, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 140 mil relatos de violência. Desse total, 60,53% das vÃtimas são mulheres declaradas negras (pretas e pardas). O Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta um aumento de 54% em dez anos no número de mortes violentas de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.