Jerônimo reúne MDB após alerta de Geddel e tensão cresce na base aliada

A quinta-feira (13) foi de intensa movimentação política na Bahia. Governador Jerônimo Rodrigues (PT) convocou uma reunião com a bancada e principais lideranças do MDB após o alerta público do ex-ministro Geddel Vieira Lima sobre as eleições de 2026.

Encontro ocorreu na sede do governo e contou com nomes de peso do partido, como os deputados Rogério Andrade e Matheus Ferreira, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, além do presidente estadual do MDB, Jayme Vieira Lima, que também dirige a Cerb.

Os bastidores esquentaram após o recado de Geddel. Na última segunda (10), o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT), já havia se reunido com os irmãos Vieira Lima, em um movimento interpretado como tentativa de apaziguar ânimos.

Tensão na base aumenta. O MDB quer manter a vaga de vice-governador, hoje ocupada por Geraldo Júnior, e defende que cada partido preserve seu espaço na chapa majoritária. O senador Angelo Coronel (PSD) reforçou essa posição e afirmou que, se Rui Costa (PT) disputar o Senado, a decisão deve ser tratada “entre petistas”, sem afetar os aliados.

Em uma publicação recente, Geddel elogiou ACM Neto (União Brasil) e alertou sobre o risco de avanço da oposição. “Se realmente for candidato, ACM Neto será extremamente competitivo. Isso exige unidade e atenção redobrada das forças que o MDB integra”, escreveu, marcando Jerônimo, Jaques Wagner, Coronel e Geraldo Júnior.

Recado foi entendido como um aviso direto ao governador. Núcleo petista viu na declaração um sinal de insatisfação do MDB e um lembrete sobre a importância de manter o partido na base.

Nos bastidores, há preocupação com possíveis desgastes. Aliados temem que a perda de espaço provoque desmobilização ou até migração de lideranças para a oposição movimento que o próprio Coronel já admitiu não descartar.

Enquanto o tabuleiro político se aquece, Jerônimo adota cautela. Governador mantém a estratégia de ouvir aliados e adiar decisões cruciais, como a escolha de vagas abertas nos tribunais de contas (TCE e TCM), que podem ser usadas como moeda política.

Futuro da aliança dependerá também do cenário nacional. Caso Lula mantenha alta popularidade, deve crescer a pressão por uma chapa majoritariamente petista o que testará a fidelidade dos parceiros históricos do governo baiano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Edit Template

Sobre Nós

Somos um portal de notícias dedicado a informar com precisão e imparcialidade. Nosso compromisso é trazer as últimas atualizações e análises aprofundadas sobre os temas que mais importam para você. Acompanhe-nos para se manter sempre bem informado!

 

© 2011 – 2025. Created by Rafael Áquila