A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, efetivou a troca do grupo de trabalho da Lava-Jato montado para cuidar dos inquéritos que investigam autoridades com foro privilegiado e deixou na força-tarefa apenas dois dos dez procuradores que trabalharam com o ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Raquel estabeleceu um prazo de 30 dias para que cinco desses ex-auxiliares de Janot ajudem na transição das investigações. Além disso, ela deixou especificado na decisão da montagem do novo time que os integrantes terão atribuição para instruir a assinatura de acordos de delação premiada. Essas decisões são os primeiros atos da procuradora-geral no cargo em relação à Lava-Jato, depois de assumir a função. No discurso de posse, na manhã de ontem, ela fez sete referências ao combate à corrupção, sem mencionar a operação. A gestão de Raquel também terá foco em outras áreas, em especial a defesa dos direitos humanos. As portarias com a montagem do grupo da Lava-Jato foram publicadas nesta terça-feira no Diário Oficial da União. O grupo de trabalho de Lava-Jato na gestão de Raquel tem a seguinte composição: José Alfredo de Paula, coordenador do grupo; Raquel Branquinho, que também assume a função de secretária de Função Penal Originária no Supremo Tribunal Federal (STF), a quem o grupo se subordina; Marcelo Ribeiro de Oliveira, integrante tanto do grupo quanto da secretaria; Hebert Reis Mesquita; José Ricardo Teixeira; Luana Vargas; Maria Clara Barros; e Pedro Jorge do Nascimento.